Hoje vamos voltar ao tema da Poda da Vinha na Região de Parambos.
Parambos encontra-se situado e muito bem, no denominado Alto Douro, região esta muito sujeita a geadas fortes que põe em risco as rebentações temporãs. assim sendo, só pelos fins de Janeiro, Fevereiro e Março é que se realiza esta operação.
O podador olha primeiro para a videira e estuda como foi a sua rebentação e desenvolvimento no ano anterior. Isto é visto pela grossura das varas, e pelo aspecto "saudável" das mesmas.
Depois desta análise procede-se ao corte das varas excedentárias. Esta operação é feita com tesoura própria e que só serve para esta operação. Deve estar bem afiada, para cortar bem, de um só "golpe" sem deixar rebarbas.
Depois passa-se ao tratamento da vara que vai dar a próxima rebentação. Normalmente deixa-se pelo menos dois "ôlhos" mas podem ser mais dependendo do estado da videira, por vezes deixa-se vara e torno, sendo que a vara fica com três "ôlhos" e o torno com dois e no ano seguinte pode criar-se assim mais duas varas se a videira aguentar.
Depois de cortar o excedente da vara, passa-se à operação de limpeza da base, da vara, para retirar os "ôlhos" que por aí possa haver, evitando assim uma rebentação anormal e que daria mais trabalho na espompa.
Depois desta operação pode-se observar o trabalho feito, normalmente quem passa repara se está bem feita, pois para quem sabe nota-se, e pode comentar para bem ou para mal. E ele há podadores e os outros que cortam uma vides, depois é esperar que o ano seja propício.
9 comentários:
Mais uma vez muito bem atento quem nao sabia podar depois destas descriçoes já pode aventurar se a experimentar ,mas nao te esqueças k a seguir a vem a lavra e a temida esgaiva k a ver pelas fotos essas videiras bem vao precisar apesar desse fundo verde ficar bem na fotografia.saudaçoes para todos
Olá Miguel.
Bem reparado no estado em que está o relvado, da vinha. A esgaiva era tão importante, mas agora está fora de moda, pois a enxada já não se monobra como antigamente e as novas técnicas de tratamento vão resolvendo, claro que nem sempre muito amigas do ambiente.
A lavra lá se vai fazendo com a "burra" mecanica ou moto cultivadora que já ronronam pelos campos.
Até a tesoura/poda já não é como antigamente, agora diz-se que só dá o que fica e qualquer um corta e poda.
Tempos Modernos.
Saudações e um abraço.
Atentamente.
At Ento
Artes que se vão perdendo
É verdade amigo atento, con tantas "modernices" algum dia o homem nao vai precisar das videiras para fazer vinho,a este passo haverá de inventar algo para o seu lugar que le dê menos trabalho e menos despesa.
As palavras PODA, LAVRA e ESGAIVA estao a um passo de írem para um "museo" para serem apenas recordadas como bons tempos.
Sorte que temos o blog para podermos comentar sobre este tema, já que nao o praticamos.
Abraços sempre daquela cor...
assim até eu fiquei a perceber da poda...
Fantastica a oportunidade que temos, para alem do intercambio de opiniões mais regularmente e ainda vamos apréndendo alguma coisa de util. Digo isto porque sou daqueles que penso um dia iremos precisar do que actualmente deitamos fora hoje, isto é tanto a nivel material como cultural, bem haja a quem tão atento está ao mundo que nos rodeia. Helder
Olá Ju.
As coisas são simple desde que se compreendaa sua função e agora que há cada vez menos artistas da poda é vulgar dizer só dá, fruto, o que fica, logo não é difícil. Claro que o que é bem feito...
As Nossas saudações com amizade.
At Ento.
Olá Helder.
A vantagem deste intercâmbio é que fica registado o que se diz. Assim este cantinho que não tem ambições para além de falar das nossas coisas e se ao falarmos delas não as deixarmos cair no esquecimento, já é um bom contributo para o futuro das coisas de Parambos.
Todos nós atentos vamos continuar com todos os contributo que cada um dá.
Um Abraço com amizade.
At Ento
Longe vão os tempos em que se fasiam na vinha antes da poda para facilitar ao podador o cortar das pontas, a seguir a lavra, a esgaiva, o corte do bravo, a espompa, o enxofrar, o enrolar os olhos no arame, o solfate a desfolha e por fim a vindima era este todo o trabalho nas vinhas. Hoje os quimicos tratam de tudo mas tambem as vinhas que havia em Parambos comparadas com as de hoje as pessoas arrancaram as sepas e agora esta tudo abandonado a ficar a monte. como ficava lindo Parambos quando da altura das vinhas aquela baixa dos linhares e corgo tudo verde e na altura do outono tudo em tons amrelados das suas folhas hoje essa beleza vai-se perdendo com os tempos é a CEE. Ficam as saudades e as lembranças. Um abraço para todos
Olá Caro Anónimo.
Pelas tuas palavras tens a memória das coisa que se relacionam com a faina da terra. noutros tempos não havia tempo para tanto e andava-se sempre atarefado, agora as coisas vão se fazendo e na vindima até há uvas de sobra. Apesar de muita cepas terem sido transplantadas para outras zonas, negócios.
Saudações.
Atentamente.
At Ento
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