29 julho 2010

Classificação da Linha do Tua

Afinal há luz ao fundo do túnel, dos belos túneis, da Linha do Vale do Rio Tua

É público que o IGESPAR, Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, aceitou a Petição assinada por cinco mil pessoas, entregue a 26 de Março, e mereceu parecer favorável, para a classificação da Linha do Tua como de Interesse Nacional.


Esta medida suspende as obras da construção da Barragem

Uma prova de que, esta paisagem única vale bem a pena a luta que se vem travando contra a sua destruição. Parabéns a TODOS os que não baixaram os braços, o futuro agradece.
....... ...... ...... .....

Nota: Estivemos uns tempos sem acesso por motivos técnicos, o material também se cansa. Por tal algo terá ficado sem tratamento.
Estamos de volta com ar de férias que esperamos sejam de feição a quem as goza por esta altura, a pensar nas festas e outra animações.
At Ento

9 comentários:

PEREYRA disse...

Tenho esperança que vamos conseguir salvar a Linha do Tua da ganância de interesses mesquinhos por parte do grupo do betão. Não devemos é baixar os braços e vamos continuar a resistir.
Bom regresso à atividade de Viver Parambos.

Anónimo disse...

Aqui o que vale é a beleza do Vale do Tua porque a linha existente num país como o nosso não volta a reabrir nem para aproveitamento turistico. Os desgovernantes deste país não sabem dar o devido valor a uma obra que os nossos antepassados construiram a muito custo com a força dos braços e não com a facilidade das máquinas com que hoje se rompe uma qualquer via de comonicação parabens aos que assinaram esta petição eu mesmo a assinaria.

Anónimo disse...

Por este andar nem barragem nem comboio e depois venham-se queixar tal como Foz Côa que agora choram a barragem.

At Ento/ViverParambos disse...

Olá Bloguistas.
Por vezes os comentários pessimistas servem para reflectirmos, e este vem a propósito. Pessoas há que podem até nem entender a grandiosidade do que dizem não ver. A verdade é que Foz Coa tem o reconhecimento mundial, pela preservação de tão ilustre património. Tem a partir de hoje o 2º maior museu nacional (coisa que não têm as maiores cidades do país).
O Norte e o Alto Douro estão de parabéns.
O Vale do Tua também terá a sua hora de decisão, pois qualidade, beleza e grandeza sempre teve.
Se preparamos hoje o futuro viveremos melhor os nossos dias.
Sentimos que as nossas terras, daqui do Norte, hoje estão maiores, mais valorizadas e mais importantes
Saudações com esperança, a natureza vale todas as lutas.
At Ento

Miguel disse...

Ola ataento, é bom regressares depois de uma pausa e é ainda melhor regressares com noticias destas,com a esperança de um dos lugares mais bonitos e agrestes do país ficar como sempre foì....Saudaçoes verdes...

Anónimo disse...

Já ouviram a reacção da ministra? Isto não vai a lado nenhum vão seguir com a barragem e o resto é passado.Enfim não seja este país Portugal.

Anónimo disse...

Era uma vez uma linha que ligou o Tua a Mirandela e Bragança na era dos comboios a vapor e no passado recente com comboios a disel. Restam-nos as memórias do passado.

mario carvalho disse...

Desistir e abandonar é próprio dos fracos ou dos que têm outras intenções

Os Fortes devem ajudá-los para que não se afoguem

Parabéns Parambos

O futuro nos julgará a todos

e sobretudo os nossos filhos e netos

abraço

mario

mario carvalho disse...

Parabéns a todos e à Manuela Cunha em particular ... parece uma Transmontana... não desiste nem se deixa abater .. tem a força da razão e orgulho no que defende

obrigado Atento e todos, mais uma vez

mario carvalho



Barragem do Tua
"Verdes" acusam EDP de não cumprir todas as imposições ambientais
12 | 08 | 2010 20.42H
O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) acusou hoje a EDP de não ter cumprido todas as imposições relativas à barragem de Foz Tua, o que pode pôr em causa a classificação do Douro Vinhateiro como Património da Humanidade.

Destak/Lusa | destak@destak.pt

De acordo com a dirigente Manuela Cunha, o projeto vai “ter impactos na paisagem classificada” pelo que carece do parecer da UNESCO e da aprovação do IGESPAR, Instituto de Gestão do Património Arqueológico e Arquitectónico.

Nem um nem outro constam, segundo disse, dos planos e estudos que a EDP teve de adicionar ao projeto para a conformidade com as imposições da Declaração de Impacto Ambiental (DIA), o chamado RECAPE- Relatório de Conformidade Ambiental.

A DIA, emitida em maio de 2009, foi favorável à construção da barragem na foz do rio Tua com o Douro, em Trás-os-Montes, mas com a imposição de 12 condicionantes e 50 estudos e medidas.

Depois de a EDP ter entregado à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) toda a documentação exigida foi elaborado o RECAPE que esteve em discussão pública até 06 de agosto.

O PEV fez chegar à APA a sua posição e alega ter detetado na consulta pública que “o Plano de Recuperação Ambiental e Integração Paisagística da zona afetada pela barragem não foi aprovado pelo IGESPAR e pela Direcção Regional de Cultura do Norte, tal como a DIA obrigava”.

Manuela Cunha refere ainda que “não existe, nem no estudo, nem no relatório técnico, nenhum documento que traduza um aparecer favorável da UNESCO, organismo ao qual o PEV já apresentou uma queixa sobre o que se está a passar no Tua.

A dirigente reiterou que o Douro Vinhateiro pode ser desclassificado pela UNESCO “por a barragem influir com a zona de proteção à área classificada, na qual se aplicam a mesmas regras”.

“Os impactos paisagísticos são brutais. É o próprio estudo que reconhece”, disse, apontando a central de produção de energia que abrangem três edifícios, um deles com 25 metros de altura, o equivalente a um prédio de sete andares, e 75 metros de comprimento.

A dirigente do PEV alertou ainda para a ausência de um plano sobre as linhas de transporte de energia e os seus impactos no Douro Vinhateiro.

O partido critica também as alternativas aos 16 quilómetros da Linha do Tua que vão ficar submersos propostas pela EDP num plano de mobilidade que classificou “uma obra de surrealismo completa”.

“Propostas que vão desde funiculares a elevadores agarrados à barragem (…) há dinheiro para tudo, menos para um canal alternativo ferroviário”, observou.

Contactada pela Lusa, a EDP respondeu por escrito apenas que "considera ter entregado os documentos pedidos na DIA".

Antes do final de agosto não deverá haver uma decisão final sobre o RECAPE da barragem de Foz Tua, segundo disse à Lusa fonte da APA, que está agora a analisar as participações apresentadas durante o período de discussão pública para tomar uma decisão final.

Se o RECAPE for aprovado, em outubro deverá ser celebrado o contrato de concessão definitiva entre o Governo e a EDP, que já abriu concurso público para a construção e espera começar as obras antes do final do ano.