28 março 2007

Marcas de Produtos de Parambos

Hoje vamos falar de uma marca que criada em Parambos e que, do Beco do Jaime conquistou um lugar no comércio tradicional e de qualidade, realçando os produtos da agricultura que se produz cá na aldeia e assim valoriza o trabalho das gentes cá da terra.

" Os Doces da Puri acabaram por tornar-se uma pequena indústria artesanal que nos dá enorme prazer e que vai permitindo exemplificar como produtos de excelência se podem elaborar em regiões como a nossa, aproveitando o que a natureza é tão pródiga em nos proporcionar em Trás-os-Montes: boa fruta, boa água, bom mel, bom vinho e uma boa tradição na feitura de compotas caseiras. "



"Novos Produtos:

Marmelada em pote "Secla" 700 grs

Essência de Vinho 250ml - Redução de Vinho do Douro Velho para uso na Culinária Gourmet

Cataplana – Concentrado de cebola, tomate, alho, especiarias e azeite de Oliva Extra Virgem para a preparação de Cataplana e outros pratos. "


Mais informações podem ser encontradas no enderço abaixo.
http://home.wlv.ac.uk/~in5771/portugal.html


At Ento

26 março 2007

Cachão da Rapa, Pintura Rupestre

Hoje vamos fazer uma caminhada pelo caminho de Ribalonga até ao famoso Cachão da Rapa, onde estão as Pinturas Rupestre, que são muito importantes como o atestam os estudo elaborados e que adiante referimos.


Partindo de Ribalonga em direcção à ribeira de Linhares, passando a "Fraga das Marcas" mira-se uma paisagem deslumbrante e puro Trás Os Montes.

Convém ir com quem saiba o caminho e conheça os melhores atalhos, pois quem caminha para (re)descobrir não procura caminhos batidos.

Descendo até à ribeira de Linhares assiste-se ao impressionante descaimento das águas em cascatas várias, dependendo das épocas, no Verão quase seca, mas as marcas estão lá.

Depois passa-se por autênticos desfiladeiros que nos abraçam e comprimem com a sua grandiosidade e austera beleza quase selvagem.

Depois de passar os labirínticos meandros do sobe e desce granítico e por vezes apocalíptico caos, sobre os nossos pés, e algum muito procurar o sítio, eis que vale a pena olhar e sentir a serenidade do lugar que se desnuda perante a nossa expectante ânsia de ver.

E ali, imperturbávelmente altas, a sobriedade das marcas vermelhas que registam o gesto há muito feito e, que perdura como marca indelével da passagem de alguém, que resolveu simplesmente deixar um olá para estes, e outros, caminheiros.

Com a devida vénia publicamos o que está escrito em

http://home.utad.pt/~geologia/jornadas2/abrigos.html

Sobre Cachão da Rapa

Não se trata de um verdadeiro abrigo mas mais de uma parede vertical que tem uma reentrância que protege a superfície pintada. Tal como por exemplo acontece na Faia, no Vale do Côa.

A primeira notícia sobre as pinturas do "abrigo" de Cachão da Rapa foi feita pelo Pe. António Carvalho da Costa, em 1706. Alguns anos mais tarde, em 1721 foi a vez do Pe. José de Morais e de António Pinto reproduzirem algumas das pinturas. Sucessivamente, Jerónimo Contador de Argote, faz delas uma descrição e publica uma gravura assinada por Debrie, em 1734.


Esta estação é portanto, uma, senão, a mais antiga localidade com a arte rupestre publicada no Ocidente – mais de 150 anos antes da descoberta de Altamira! As pinturas são redescobertas e estudas com maior atenção por Santos Júnior em 1930. Infelizmente as 30 figuras que este investigador publicou estão hoje muito pouco visiveis e são de difícil de identificação.


Entre os principais motivos de interesse estão as cores utilizadas que vão do vermelho mais vivo a um tom de vermelho vinho, quase azul, bastante pouco conhecido em Portugal e até na Península Ibérica."



Desenho das pinturas de quadrados e ovais foram pintadas em vermelho mais vivo, cor de vinho e azulado.
Detalhe (Santos Jr. 1931)

At Ento





23 março 2007

Tempo de Páscoa e Tradições de Parambos

Tempo de Páscoa

Hoje vamos falar e recordar uma tradição que, creio não exagerar, nestes moldes não existe em outro lugar. Pelo menos nunca ouvimos referir tal e, a quem temos falado sobre isto, mostram espanto.


A tradição que vamos recordar e divulgar assente num ritual que tem por base a seguinte oração:

“ Tem-te minha alma

Tão dura a tão forte

Olha o que hás-de passar

Na hora da tua morte.

Viva és, morta serás

E ao campo de “Justafá” irás

E com o diabo te encontrarás

Ele te dirá: - Anda cá ó alma minha.

Esta alma não é tua,

Nem quinhão nela terás.

Foi numa Quinta-feira santa

Ao pé de uma santa cruz

Mil vezes disse:

-Jesus me valha, valha-me Jesus….”

Este ritual cumpre-se na Quinta-feira santa, de tarde na igreja da freguesia. As mulheres, geralmente só vão as mulheres e a “canalha” gente miúda, aparecem a uma hora marcada, pois neste dia o sino não pode tocar (só o do relógio). Entram na igreja e há uma delas que lidera o acto. Posicionam-se defronte do altar-mor e ajoelham-se.

Depois vai-se desenrolando o terço, a cada dez vezes repetidas “Jesus me valha, valha-me Jesus” declama-se a estrofe/oração “-Tem-te minha alma. Tão dura a tão forte. - Olha o que hás-de passar. - Na hora da tua morte….” E repete-se novamente “Jesus me valha, valha-me Jesus” dez vezes e assim sucessivamente até perfazer as mil vezes.



Para quem não conhece esta tradição estará a interrogar-se, como raio sabiam as pessoas quando estavam recitadas as mil vezes? Pois é, havia e há uma maneira que funciona desde sempre. No início a “líder” pedia a um “canalho” gente miúda, para irem apanhar 20 seixinhos ou pequenas pedras. Estas eram disposta no chão do lado esquerdo da pessoa que lidera a oração, e a cada terço passado passava-se uma pedrinha para o lado direito, quando do lado esquerdo acabassem as pedrinhas estavam a mil vezes cumpridas. 20 vezes 50 igual a mil. Simples não.

At Ento

21 março 2007

Hoje saudamos a Primavera
Está fresco o tempo, mas há mais luz e os dias estão a crescer. Está o mar agitado, dizem os noticiários e no entanto o ar é mais arejado e há os pólens que estimulam as abelhas, e as alergias, tudo isto nos fala de Primavera.




Os campos vão ficar ainda mais verdes, para nosso encanto, (Deus lá no fundo é também sportinguista, se não militante pelo menos simpatizante), e para que se cumpram os ciclos de vida que a terra promete e reserva em seu seio maternal, como dádiva para que e humanidade aprenda a admirar tais maravilhas .

At Ento




20 março 2007

Uma Iniciativa Solidária para com o Paulo

A nossa bloguista atenta, Sofia M, chamou-nos a atenção, para a campanha que "Pensar Ansiães" está a levar a efeito. No E-mail, dizia que "o Paulo também é nosso". Todos sabemos que o Paulo é um amigo de Parambos, aqui casado e como recebia sempre muito bem, no Planalto, e com a simpatia que era apanágio dele, o pessoal de Parambos. Transcrevemos aqui o anúncio publicado, para desta forma todos tomarmos, conhecimento

Ser solidário

com Paulo de Carvalho

O Manuel Paulo de Carvalho habituou-nos a ser um amigo disponível e voluntarioso.

A sua participação na comunidade é recordada, por exemplo no futebol, como jogador, treinador e dirigente.

As contingências da vida destinaram-lhe agora uma actividade mais condicionada, resultado das sequelas de um trágico acidente. A esperança na sua melhor recuperação mantém-se, ainda que condicionada por conjunturas que o ultrapassam.

Vamos mostrar-lhe a nossa solidariedade.

7 de Abril 2007

16 h– futebol

20 h– jantar com animação cultural

VEM DAÍ DAR UM ABRAÇO AO PAULO

Inscrições: 919753889 – 917577197 - 914569517


At Ento


19 março 2007

Marca com nome de Parambos

Hoje vamos falar do espírito empreendedor que criou marca inspirada no nome e na História de Parambos
O vinho por estas bandas é importante, como fonte de trabalho e rendimento, pois sem vinho não há festa nem missa. Mas um sonho de um homem, Altino de Sousa, deu corpo a uma marca vinhos de produtor, que para além de ter um nome que joga com a palavra Parambos, também divulga um resumo da popular história da criação desta aldeia.


Paulo Mortágua, professor de História, e amigo de Parambos, redige o narrativa que ilustra o contra rótulo


O rótulo é baseado num trabalho de A Osvaldo, um artista de Parambos, especialista em gravura. A Osvaldo, agora "emigrado" nos Açores, trabalhou o tema videira/cepa numas curvas lineares efeminadas que nos levam a pensar na mãe terra da qual vem a seiva que dá espírito ao néctar da uva madura, em finais de Setembro

Para que conste que em Parambos há sonhos para além das pedras e o vinho tem destaque individual com nome, para além do que se bebe, anónimamente, nas adegas amigas, e que tem uma marca que lhe pretigia o nome.


At ento

17 março 2007

Só Nós Sabemos Porque estamos tão contentes

GOOOOOOOOOOOOOOOLO!
olé a vitória é nossa.


"O Guardador de sonhos. Lá Lá Lá.
Olha, sorrindo, o futuro e meditando. Lá Lá Lá
Só com Vitórias sobre "os grandes". Lá Lá Lá.
se vão mais três pontos amealhando. " Lá Lá Lá.
A serena confiança do guardador de rebanhos, (do Baú de memórias)que na sua azáfama passeia e exibe o seu sentir Verde. Contrasta...
...com estes outros verdinhos que um dia desceram, ao ainda Estádio de Alvalade, que efusivamente mostra a sua confiança de que é com bons jogos e melhores vitórias que se faz o caminho do Campeonato.
Para recordar o que é o nosso espírito ao longo dos tempos
...E para
COMEMORAR HOJE.
POIS SÓ NÓS SABEMOS PORQUE ESTAMOS TÃO CONTENTES, Lá Lá Lá.

Estamos verdes de felicidade.
Lá Lá Lá Lá Lá Lá lá


At Ento

Particularidades “Arquitectónicas” e Pormenores em Parambos

Hoje abordamos particularidades que existem e que por vezes nem reparamos porque sempre estiveram por ali

Não é muito normal ver, em aldeias, uma varanda que se prolonga por cima de uma rua ligando duas casa, mas existe em Parambos e dá este efeito visual a quem passa até o sol, quando lá passa, não resiste a espreitar.



Já o pormenor que abordamos, a seguir, inscrustado na parede, é muito frequentemente encontrado e nos faz pensar numa arquitectura funcional popular ou, como os equipamentos são ajustados ao espaço, neste caso a parede para não ter que se entrar na loja/chiqueiro. E a função, desta solução, deixar que as viandas sejam dadas sem ter que entrar sujar os pés ou lidar com os animais da cada vez que os alimentam.


Para quem não conhece, só os distraídos ou quem não seja da aldeia, fica o desafio de descobrir.
Este apontamento fotográfico, agradecemos ao nosso amigo de Parambos e verde de coração, logo da familia, Jorge Pinto.

At Ento

15 março 2007

Saudação ao DescobrirAnsiâes

Hoje saudamos o aparecimento de mais um espaço que vai "Descobrir"
o Concelho de Carrazedas de Ansiães.
Tem uma particularidade que é as memórias que o autor tem destes espaços e das gentes.
Não deixa de ser interessante de visitar, pois é um amigo de Parambos, que pode ser descoberto no conjunto que "Encomenda as Almas" na página abaixo e que destaca o nosso cantinho, viver Parambos, nos seus Blogs.


http://descobriransiaes.blogspot.com/

Instalamos um atalho com o nome Decobrir Ansiães no lado direito do nosso blog, é só clicar e está a descobrir Ansiães num tempo e num espaço que é do autor, que se tem revelado um, muito bom, descobridor de Miranda e de Vila Flor, e que partilha com os visitantes as suas descobertas.

At Ento


12 março 2007

Particularidades que se cumprem, em Parambos, nos tempos da Quaresma

Hoje vamos começar a falar de particularidades que acontecem em Parambos durante a Quaresma.

O "cantar das almas", ou mais propriamente “incomodar” as almas vivas que dormem o sono dos justos, acordando-as para pensar na morte, ou nas pessoas que já morreram.

dizem-nos que o correcto é Encomendação das Almas.

Remonta a um tempo que sempre existiu pelas nossas terras, pois já os nossos pais diziam que os seus pais o faziam.


Acordai se estais dormindo.

No descanso em que estais.

Lembrai-vos que no outro mundo

Tendes vossa mãe e vosso pai.

Acontecia no silêncio da noite e tinha de acabar antes da meia-noite. Pois essa hora era má. As pessoas que se dedicavam a esse canto faziam-no na "obrigação/devoção" de despertar as consciências e desta forma os comuns mortais eram acordados, dos seus sonhos, por cânticos lúgubres que ecoavam no escuro e que lhes pedia que rezassem:

Rezai mais um padre-nosso.

À Senhora da Paixão.

Pelos que no outro mundo.

À espera dele estão.


Rezai mais um padre-nosso.

Ao Senhor da Boa Morte.

Para que no outro mundo

Às almas dê boa (melhor) sorte.


As pessoas juntavam-se No cimo da aldeia e aí começavam a cantar, depois iam descendo e ao avistar as capelas, da Senhora da Paixão no cimo de Arnal, ou a do senhor da Boa Morte no cimo de Castanheiro do Norte, entoavam mais um verso alusivo.


Hoje ainda se mantém a tradição e as pessoas, umas vezes mais outras vezes menos, juntam-se para que as memórias não se apaguem e cantam.


Este conjunto de fotos já pertence às memórias, pois são de algum tempo atrás. Quem conhece os actores cantores.
At Ento

10 março 2007

Hoje Há Festa

Se há vitória há festa.

Então puxemos a festa para o nosso cantinho e

vamos festejar com os amigos.


Hoje foi um dia, à noite, em que se cumpriu os desígnios de um bom jogo e um melhor resultado.
Foi bonito de ouvir os comentadores que antes de o jogo começar, estavam a puxar por todos os possíveis azares e... etc, " lenga lenga de comentador que não sabe estar calado e vai debitando pareceres em que acreditam ". Vá lá que reconheceram logo no intervalo que afinal foi a melhor primeira parte que tinham visto esta época, (Antena 1).
Então a segunda parte, foi de arrasar, cinco minuto que são uma lição de jogo com garra e querer... Hoje estamos em festa o verde ganhou um tom da alegria que inunda a família Sportinguista e nos faz ficar verdes de contentes.


At Ento

08 março 2007

8 de Março

O Calendário destaca este dia como sendo o

"DIA DA M U L H E R"

Assim Parabéns a todas as mulheres que nos visitam e para as quais deixamos este singelo postal.

Com as nossas homenagens

PS. nós consideramos que este é , ou deve ser apenas, mais um nos 365º dia do ano em que as mulheres fazem parte das nossas vidas, por tal a vida tem a graça que tem.

At Ento.



06 março 2007

Campaínhas que anunciam a Primavera, em Parambos

Hoje vamos falar de Campaínhas

Pequenas e frágeis de uma elegância vertical e um tom imaculado de branco e amarelo que, encimam o caule verde assente nas verdes folhas que se elevam e se vergam como que a render homenagem a estas singelas Campaínhas.

Aparecem nesta época de pré-Primavera. Não são semeadas mas estão onde costumam nescer todos os anos. Não se notam até estarem abertas, de repente ao passar onde sempre se passou, ei-las! que nos brindam silenciosamente como um sorriso pendente.
Aparecem entre o húmus e fenos velhos, entre as pedras, nos recantos abrigados, nunca só, há sempre mais uma e mais outra nas redondezas.
Eram as flores das crianças, (quando acompanhavam os pais nas lides da poda ou da preparação da terra para semear as batatas) noutos tempos, que as colhiam e com elas faziam pequenos raminhos para seu deleite ou para oferecer a alguém.

Que a Primavera chegue assim serena e tranquila como a imagem destas Campainhas que a anunciam, quando ela ainda dormita.
At Ento

02 março 2007

Uma Flor em Fundo Azul


Uma flor em Fundo Azul

E para quem não pode vir ver o Espectáculo do "Reino Maravilhoso" como a ele se referia Miguel Torga, quando evocava Trás-Os-Montes e Alto Douro, aqui fica esta singela flor de amendoeira, pronuncio de boa Primavera, com os votos e Bom Fim de Semana.
At Ento.



A Poda da Vinha em Parambos (2)

Hoje vamos voltar ao tema da Poda da Vinha na Região de Parambos.

Parambos encontra-se situado e muito bem, no denominado Alto Douro, região esta muito sujeita a geadas fortes que põe em risco as rebentações temporãs. assim sendo, só pelos fins de Janeiro, Fevereiro e Março é que se realiza esta operação.

O podador olha primeiro para a videira e estuda como foi a sua rebentação e desenvolvimento no ano anterior. Isto é visto pela grossura das varas, e pelo aspecto "saudável" das mesmas.


Depois desta análise procede-se ao corte das varas excedentárias. Esta operação é feita com tesoura própria e que só serve para esta operação. Deve estar bem afiada, para cortar bem, de um só "golpe" sem deixar rebarbas.

Depois passa-se ao tratamento da vara que vai dar a próxima rebentação. Normalmente deixa-se pelo menos dois "ôlhos" mas podem ser mais dependendo do estado da videira, por vezes deixa-se vara e torno, sendo que a vara fica com três "ôlhos" e o torno com dois e no ano seguinte pode criar-se assim mais duas varas se a videira aguentar.


Depois de cortar o excedente da vara, passa-se à operação de limpeza da base, da vara, para retirar os "ôlhos" que por aí possa haver, evitando assim uma rebentação anormal e que daria mais trabalho na espompa.

Depois desta operação pode-se observar o trabalho feito, normalmente quem passa repara se está bem feita, pois para quem sabe nota-se, e pode comentar para bem ou para mal. E ele há podadores e os outros que cortam uma vides, depois é esperar que o ano seja propício.
At Ento