Hoje mostramos a beleza das amendoeiras, estas de Parambos, embora por todo o Nordeste Transmontano agora seja uma bela realidade...mas não há flores como as nossas!
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Autênticos postais de cor que faz lembrar os flocos de neve, ou não fosse para isso que ..."o rei mouro dos Algarves, apaixonado pela uma bela princesa que adorava neve, para a satisfazer mandou plantar no dito reino mouro dos Algarves as amendoeiras que hoje por lá florescem..." é esse sentimento de neve que dá quando as pétalas se desprendem da flor em direcção chão, que o vento faz dançar quais flocos brancos.
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Cantava-se outrora, quando as pessoas cantavam na sua rua, na sua casa e pelos caminhos em direcção aos campos, e nos campos para espairecer e esquecer o cansaço, ou em grupo nas calmarias do soalheiro, aqui as mãos livres batiam palmas e marcavam o ritmo, uma módinha com versos assim:
Padeirinhas de Parambos
Quem vos deu tanta beleza!
A Flor de amendoeira
E a própria natureza.
o refrão
Ora bate que bate que bate
Ora mexe e remexe a farinha
Ora bate que bate que bate
Ora bate nesta peneirinha.
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Quem por cá anda, que aprecie esta maravilha que está aí. Para os que estão mais longe, ficam estes postais para matar saudades e marcar uma visita no próximo ano por esta altura.
At Ento.
7 comentários:
Olá At Ento:
Não há dúvida que o chegar da Primavera torna as nossas paisagens ainda mais belas...as amendoeiras em flor são particularmente belas e o "cheirinho" a mel que se espalha por toda a parte...fantástico!
Obrigada pela partilha amigo...continua a 'brindar-nos' com as excelentes reportagens fotográficas.
Olá Blue Eyes.
E a melodia do zunido das abelhas na sua azáfama recolectora de pólem? maravilhoso esse som que se desprende das flores dando sonoridade ao silencioso cair das pétalas.
Simplesmente magnifico.
Saudações com amizade.
At Ento
Que flores lindas, e tão delicadas que são. Pena não poder estar aí para admirá-las de perto.
São realmente um presente de Deus.
Obrigada At Ento por este presente.
Ana Maria.
SP-Brasil
Alô Ana Maria.
É com diz, uma delicada pincelada de tons que apetece admirar e guardar na memória, por isso aqui as temos para nosso, de todos, deleite.
Ainda bem que gostaram, pois pensamos em quem está longe, quando as colocamos aqui.
Aquele abraço, para todos daí, com as nossas saudações amigas.
At Ento
Simplesmente Fantásticas estas fotos.
Parabéns At Ento,
Saudações
Freguesia de Parambos
Situada na margem esquerda do rio Tua, em ambiente físico de grande beleza, Parambos é constituída pelos lugares de Misquel, S. Pedro e Venda Nova. Encontra-se a sete quilómetros de Carrazeda de Ansiães.
O curioso nome da freguesia relaciona-se com o português antigo. Segundo Pinho Leal, Paramo significava lugar, povo, quinta, casal ou herdade que tinha os privilégios de honra, por nele se haver criado aos peitos de alguma mulher casada, o filho legítimo de um rico-homem, ou fidalgo honrado. Era este um dos grandes abusos que os fidalgos cometiam, e que se opunham aos interesses do estado”.
O abade de Baçal tem, no entanto, uma teoria diferente, e coloca a hipótese, entre várias, de Paramos (Paramio) significar campo inculto e desabitado.
Em redor da sua fundação, “gravita” uma teoria segundo a qual uma praga de formigas teria obrigado os seus habitantes a abandonar o local de origem da povoação e a deslocar-se para o sítio onde se encontra hoje. Uma lenda, igual a tantas que por esse País fora continuam a circular, mas que infelizmente ainda é adoptada como verdadeira nos nossos dias, por autores que deveriam distinguir convenientemente a realidade da lenda: “A formiga branca, terrível térmita que tudo devora e se alimenta da celulose concentrada na madeira, é irresistível e, daí, a impotência e o desespero dos habitantes da antiga Parambos”.
Parambos foi uma vigairaria da apresentação da nutum do reitor de Linhares, tendo posteriormente passado a reitoria. Tinha de rendimento anual oito mil e seiscentos réis, quantia que, embora muito diminuta, era completada com o rendimento do pé-de-altar.
Do século XVIII é uma excelente pedra de armas que se encontra numa das mais importantes casas senhoriais da freguesia. Apresenta as armas dos Ferreiras.
Nasceu nesta freguesia Manuel de Morais Magalhães Borges. Ilustre personalidade do concelho, foi fidalgo da casa real e escritor da sua terra. Deixou uma obra fundamental sobre o concelho, “Notabilidades Antigas e Modernas da Vila de Ansiães”.
Daqui natural era também o Dr. João José de Freitas. Nasceu a 28 de Maio de 1873 no lugar de Misquel. Doutorado em Direito, professor, deputado e senador, foi o primeiro governador civil do distrito de Bragança. Iria ser assassinado no Entroncamento em Maio de 1915.
Segundo a lenda, por aqui passou também o arcebispo de Braga, D. Frei Bartolomeu dos Mártires. Terá abençoado a água de uma fonte que encontrou, na época, e que hoje tem propriedades verdadeiramente milagrosas.
OLÁ CARO ANÓNIMO.
Bela surpresa esta intervenção sobre as nossas origens, do Lugar de Parambos. Pelo que aqui fica dito, a história do nosso lugar é muito mais importante de facto e tem raízes históricas que, nada tem a ver lendas.
Obrigado por este testemunho esclarecedor. Faremos desta prosa uma página e teríamos todo o gosto de realçar o contributo, se for sua vontade, de nos dizer de quem é o contributo.
As nossas saudações com amizade.
At Ento.
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