Vamos continuar a apresentar os verso de Marcelina, como iniciamos em Maio vamos ilustrar este momento com as papoilas que inundam os campos verdes de Parambos e de Portugal
XI
Os meninos da quarta classe,
Já tinham que colaborar,
Ensinar os mais pequenos,
Para a professora ajudar.
XII
Chegamos a ser sessenta,
Só com uma professora,
Ainda aprendíamos mais,
Do que aprendem agora.
XIII
Depois vieram as regentes,
Para poder ajudar,
E a senhora professora ,
Dividiu o seu lugar.
XIV
Já não era preciso,
Os meninos Contribuir,
Veio a senhora regente,
Para os substituir.
XV
Na limpeza da escola,
Tínhamos que a esfregar,
Não havia mulher-a-dias,
Nem dinheiro para pagar.
XVI
Os rapazes iam à água
Nós a esfregar o chão,
Os pequenos a brincar,
Era uma animação
XVII
Iam à água ao Fundo do Povo,
Iam todos a correr,
Para ver quem chegava primeiro,
Depois da viagem fazer.
XVIII
Eramos todos felizes,
Eramos todos iguais,
Agora que têm tudo,
Ainda querem muito mais.
XIX
Para podermos ir ao quadro,
E recebermos algum caderno,
Tínhamos que o pagar,
Tudo durante o ano.
XX
Era um escudo por mês,
Era uma grande maquía,
Quantos não tinham em casa,
Para comer durante o dia.
::::::
Escritos em Parambos por: Marcelina Santos
Para a autora este belo vermelho papoila para que a inspiração continue e os versos apareçam com a naturalidade que este revelam.
Para nós foi um prazer divulgar para o mundo estas memórias de um tempo muito próprio e que muitos ainda recordam.
At Ento
1 comentário:
Muitos parabéns à D. Marcelina pelos lindos versos com que nos brinda.
Continue a escreve-los
que para nós é um
prazer
lê-los.
Saudações de amizade,
Helde Seixas
Enviar um comentário