01 maio 2012

Saudação ao mês de Maio

Saudamos o mês de Maio com as tradicionais Maias, com que emolduramos as portas na 1ª noite do mês


Com este postal ilustramos o mês que se associa às flores dos campos, aos primeiros frutos as cerejas, às hortas que se plantam por esta altura, e que transformam os campos e a paisagem. Uma homenagem a quem ainda os trabalha e deles tira os miminhos que todos apreciamos.

Boas colheitas.
 At Ento

9 comentários:

Resiliente disse...

A colocação das Maias nas portas está associada rituais pagãos ligados ao rito da fertilidade para com o novo ciclo da natureza e à celebração da Primavera e o início de um novo ano agrícola.Não deixa de ser uma tradição de grande beleza devido ao contraste verde/amarelo ou branco das maias que dominam a nossa paisagem nesta altura do ano.

At Ento/ViverParambos disse...

Olá Resiliente.
Boa "crónica" e muito ilustrativa que acrescenta mais um pouco ao nosso saber. Nós por aqui associamos: à fome e a tudo negativo que ela, a fome, encerra.
com as Maias à porta a fome não entra, logo haverá mais fartura e aí está o factor colheitas/fertilidade, claro!
esta tradição é transversal a todo o território, embora tenha nuances diversas o fundo é o mesmo: celebração de um tempo novo...esperamos... que abra a caça depressa a ver se leva os "coelhos" de mau agoiro.
Saudações com a nossa amizade verde.
At Ento

Resiliente disse...

Olá Viver Parambos.
Denuncio a minha má educação,fruto da inexperiência ou da vontade de deixar de ser uma leitora passiva do seu Blogue.Espero redimir-me, com: "Saudações e obrigada por permitir as minhas primeiras e humildes palavras no seu blogue."
Lembro-me com saudade de fazer e varrer o lar com uma vassoura de giestas, ainda hoje minha mãe utiliza-a para limpar o forno a lenha quando faz os seus deliciosos assados.
Partilho a sua homenagem a todos que arduamente trabalhamos campos e a todos que admiram e protegem a natureza. Atenciosamente.

At Ento/ViverParambos disse...

Olá Resiliente.
A nossa casa é a sua casa, logo este espaço é seu desde que entrou, e em boa hora, pois é comunicando que nos sentimos verdadeiramente participativos. Está escrito é eterno, e essa é uma condição só dada a quem escreve. Só podemos estar gratos pela sua visita que nos orgulha, pois somos orgulhosos das coisas da nossa terra.
Uma saudação especial para si com. a nossa amizade verde.
At Ento

monge disse...

Gostei imenso da expressão utilizada por Resilinte " varrer o lar". Tanta coisa que vai ficando para trás!!
Também minha avó fazia umas perfeitíssimas vassouras de giesta que eu lhe ia buscar ao monte e com as quais varria o lar. Neste contexto, se quisermos traduzir o significado de "lar" torna-se um pouco difícil para quem não saiba exatamente o que é. Ainda assim, o lar seria o local onde se fazia a fogueira, mas ao nível do solo, onde depois restavam as cinzas, as quais eram varridas com a dita vassoura. Boas lembranças.

Abraço meu amigo ... e cumprimentos à Resiliente.

manuela antunes disse...

ola malta
tudo isso é uma boa verdade não se esqueçam de fazer vassouras com as giestas, de varer o lar e mais importante de deitar as cinsas assim recolhidas no faval para evitar o piolho. Bem melhor do que os tratamentos quimicos (acho eu se não me engano, jà hà tanto ano que nao toco na terra) Cumprimentos aos lavradores parabienses

At Ento/ViverParambos disse...

Olá amigo bloguista Monge.
A Giesta era muito especial, noutros tempos não muito distantes. Ela era boa para acender/aquecer o forno do pão, e leve de transportar, era boa para acender as fogueiras do lar, e dava as excelentes vassouras para a casa e as vassourinhas para as primeiras brincadeiras das casinhas das meninas, e ainda eram bonitas

At Ento/ViverParambos disse...

Olá amiga conterrânea Manuela Antunes.

Era costume dizer que um lavrador devia "comer" um carro de cinza durante a sua vida, pois era importante na adubação das terras. Hoje sabemos que não se deve "abusar" pois a cinza é caustica, daí matar o piolho, deve pois ser usada com moderação na terra.
As nossas saudações com amizade.
AT Ento.

Resiliente disse...

Bom dia
É verdade que a nossa agricultura foi uma acumulação de saberes, com séculos de história transmitidos de pais para filhos,alterada pela mecanização e pelo uso excessivo de adubos e pesticidas.Neste momento começa-mos a consciencializar-mo-nos da importância da agricultura biológica e dos "saberes" dos nossos pais e avós, um bom exemplo é o que Manuela Antunes nos deixou.
Saudações a todos os que nada sabem ,mas que sabem muito e têm muito a ensinar