08 fevereiro 2008

Depois da matança do RECO o tratamento

O
Vamos hoje falar de uma rotina que acontece no tempo frio e que se prende com a matança do Reco (clicar aqui para ver a matança) nas terras de Alto Douro e um pouco por todo o país, mais propriamente a tratamento depois de morto o reco, ou porco com é vulgarmente conhecido.


Depois deste ter sido sangrado e ter dado o seu último suspiro


e do respectivo sangue começar a ser trabalhado, para não coagular, será este convertido nas saborosissímas moiras doces com mel e os grão de amêndoas ou nozes uma delícia de saborear até "lamber" os dedos.



Dá-se início a raspagem, que consiste em chamuscar o reco com labaredas, modernamente feito com o maçarico, antigamente era feito com fachucos de palha,


limpa-se bem as orelhas,

e os pés, para que todo ele fique branco de limpo



só depois deste trabalho estar bem, feito é que se passará à desmancha, mas isso fica para outra ocasião.
Embora pareça simples, esta tarefa tem rotinas muito precisas e é feito com muito empenho e só por quem sabe. Destacamos esta tarefa como homenagem aos bons "matadores" que sabem fazer o serviço com ele deve ser feito.
At Ento

10 comentários:

Anónimo disse...

Pode parecer impossivel mas é verdade, eu nunca assisti a nenhuma matança do reco.

Um abraço Leonino

Anónimo disse...

Olá Atento,
Podias ter colocado uma bolinha para avisar as pessoas mais sensíveis.
Participei em muitas matanças, mas hoje já não seria capaz de ver e ouvir o bicho a sofrer.
Inté,
Daniel

At Ento/ViverParambos disse...

Olá Eduardo.
Parece mesmo impossível, nunca teres participado nestas rotinas da matança. mas também prova a virtude deste espaço, na divulgação de actividades que tendem a passar-nos ao lado, pois elas acontecem.
Saudações com amizade.
t Ento

At Ento/ViverParambos disse...

Olá Daniel.
Muito bem observado, quem tem bolinha tem mistério e suspense. As imagens têm a sua "crueza" mas comparado com as imagens que nos dão as tvs...
Mesmo não participando, sabes que o bicho continua a ser mesmo morto, nem que seja no matadouro.
É a vida, diz-se, "claro que não se consulta a opinião do reco"
Um inté para ti também com a nossa amizade.
At Ento

monge disse...

Olá amigo Atento

Emocionei-me (novamente) deveras ao recordar estes momentos que aqui consegues tão bem retratar e descrever.
Pois, este ano, lá limpamos o sebo a mais dois recos ( e que recos!!) já sem a mesma equipa nem o mesmo matador, porque o Ti Arlindo já não se sente com forças e por isso agora temos um outro matador valente, pela dele matava-os à dentada: o Ratcha (pelo nome, já podes ver). O ritual mantém-se: depois de mortos e amanhados, dali lavamos as nossas mãos e ala para o tasco que se faz tarde. A partir dai, há que comer bem , beber muito e atirarmo-nos à jogatina do costume. As mulheres além de lavarem as tripas, lá têm que nos aturar e ouvir algumas fanfarronices. Mas tu sabes!
Obrigado por estas recordações.

Abraço amigo

monge

Anónimo disse...

Fantasticas estas imagens da nossa tradição popular.
Que delicia o sangue ser cosido de seguida e comê-lo com um bom vinho tratado.
Viva as tradições.
Saudações,
Helder Seixas

At Ento/ViverParambos disse...

Olá Helder Seixas.
Também há esse pitéu feito com o sangue cosido, para além das ditas moiras doces. Punha-se acúcar e comia-se ainda quente e coom o copito do fino, é um manjar dis deuses que as tradições, onde se cumprem, ainda vão proporcionando.
que a nossa memórisa não as deixe esquecer.
Saudações com amizade.
At Ento

At Ento/ViverParambos disse...

Olá caro amigo Monge.
É, era sempre um acontecimento a matança do reco e pelos visto peloas tuas bandas ainda é mesmo o que era. Matança e limpeza do dito pelos homens e depois um dia de borga com muito bom comer e melhor beber e a jogatina, memorável lá pelas bandas de S Pedro em Bragança.
Cá nas nossas terras é menos espectacular, "mata-se" limpa-se bebe-se um copito, quando muito há um almoço e pouco mais. O matador que está representado aqui, costuma fazer uma miolada, com os miolos do reco, que é divinal.
Que vivam as tradições, o reco acabará sempre por morrer, para que haja presunto e enchidos, e o fimbre as salcichas... que quase todos apreciam, mesmo não gostado, dizem, da "matança".
Aquele tradicional abraço com amizade.
At Ento

Victor disse...

Tamanha estupidez de vcs que acham fantástico, que acham um ato de bravura esse tipo de tradição(matança de porco). Por mais que seja uma tradição é também uma crueldade contra esses animais. Fala aí! Pq foi mandado à Noé q colocasse na Arca um mancho e uma fêmea de cada espécie? Se conseguir, Responda essa. E +++, se houvessem seres superiores q para satisfazerem seus prazeres cometessem essas mesmas atrocidades com vcs, vcs ANIMAIS q "PENSAM"( Eu acho), ficariam só gritando, chorando e esperando a vez do próximo.

At Ento/ViverParambos disse...

Olá Victor.
Bem vindo ao espaço que fala de pessoas e das suas tradições.
De que terra é você? se fala do "livro sagrado" deve saber que o deus que deu essa ordem também EXIGIA o sacrificio de animais que ao serem queimado deliciavam o criador com os seus aromas. Está lá.
E basta olhar a natureza e todos matam para seus sustento, é a vida!
cá no planeta terra a cadeia alimentar está assim elaborada, o leão come a gazela e esta a erva, o HOMEM come de tudo, pois é feito à imagem do Criador.
Respondi ao seu problema?
nós por cá respeitamos muito a vida, somo verdes e adoramos a natureza, mas fazemos parte integrante dela e das sua orientações, equilíbrio natural entre predadores e suas presas e a vida continua.
Veja que até os Chineses,(uma homenagem nestes momentos de sofrimento pelo terramoto que os faz sofrer a perda dos seus) dizem-nos "já comem carne" e daí o arroz estar mais caro.
depois lá vem o colesterol que os vai obrigar a dietas, mas isso é outra história.
saudações com a nossa verde amizade.
At Ento